PF investiga fraudes em certificados digitais de fiscais e gestores do Ibama

16 de setembro de 2020 10:26

A Polícia Federal apura ações de estelionatários que teriam utilizado dados de servidores públicos com potencial prejuízo para a União na ordem de R$ 150 milhões, em multas não recolhidas e descumprimento de embargos em áreas ambientais sensíveis da Amazônia legal. Foram constatados 122 desembargos irregulares em nome de 54 pessoas físicas ou jurídicas.

A operação que investiga as fraudes é denominada Tokens e foi deflagrada, nesta quarta-feira (16), para o cumprimento de 48 mandados de busca e apreensão, em empresas e residências de pessoas que teriam sido beneficiadas. Foram identificados como beneficiários, proprietários rurais e empresários do ramo de exploração florestal e agropecuária com áreas embargadas nos estados do Pará e Mato Grosso.

Houve, ainda, cinco prisões de falsificadores e estelionatários membros da associação criminosa. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal do Distrito Federal e cumpridas em 29 cidades de 9 estados (Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal).

A investigação apurou que os estelionatários utilizavam dados de servidores do Ibama para realizar alterações indevidas nos sistemas do órgão, com certificados digitais (tokens) fraudulentamente obtidos.

O cumprimento dos mandados busca coletar mais provas e dados acerca das fraudes, inclusive, identificação de intermediários entre os falsários e beneficiários, com auxílio de servidores públicos.

Com informações da Agência PF