PF deflagra operação contra esquema milionário de corrupção e tráfico de drogas

15 de março de 2019 15:47

Foram 30 meses em uma investigação que resultou em 72 mandados de busca e apreensão em três estados: Rondônia, Pará e Mato Grosso. A Operação Dracma, coordenada pelo delegado federal Heliel Jefferson Martins Costa, investiga a atuação de empresas de Rondônia na ocultação de recursos gerados pelo tráfico de drogas.

Foram 30 meses em uma investigação que resultou em 72 mandados de busca e apreensão em três estados: Rondônia, Pará e Mato Grosso. A Operação Dracma, coordenada pelo delegado federal Heliel Jefferson Martins Costa, investiga a atuação de empresas de Rondônia na ocultação de recursos gerados pelo tráfico de drogas.

O delegado conta que a apuração teve início com base nos 26 inquéritos da Polícia Federal, 36 relatórios fiscais da Receita Federal e 86 laudos de perícia financeira. “A investigação começou a partir do encaminhamento de relatórios de movimentações financeiras atípicas. Depois que tivemos acesso a esses documentos, conseguimos detectar pessoas vinculadas ao tráfico de drogas.”

Mais de 200 policiais federais foram designados para as buscas. A Justiça também determinou o sequestro de bens dos gerentes e proprietários das empresas envolvidas no esquema. O valor confiscado já chega a mais de R$ 70 milhões.

São investigados os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas oriundas do tráfico internacional de drogas e sonegação fiscal.

O esquema funcionava da seguinte forma:

  • Parte dos lucros que grandes empresas distribuidoras/exportadoras deveriam receber pela venda de produtos para Bolívia eram encaminhados diretamente a cambistas daquele país para fim de custódia dos valores;
  • Traficantes estabelecidos em estados do Nordeste e no Pará remetiam nos últimos 10 anos, milhões de reais para contas correntes em nome de pessoas físicas e jurídicas em Rondônia;
  • Após receberem os valores, essas intermediárias realizavam depósitos sucessivos nas grandes empresas distribuidoras/exportadoras do estado, as quais recepcionavam os recursos e emitiam “autorizações de pagamento”, que credenciava o portador a sacar o valor nele inscrito em algum cambista boliviano;
  • Os portadores dessas autorizações sacavam os valores nos cambistas bolivianos e efetuavam o pagamento de drogas adquiridas naquele país;
  • Os traficantes na Bolívia, já remunerados, forneciam as drogas que abasteciam o tráfico em cidades nordestinas e do interior do Pará.

, coordenada pelo delegado federal Heliel Jefferson Martins Costa, investiga a atuação de empresas de Rondônia na ocultação de recursos gerados pelo tráfico de drogas.

O delegado conta que a apuração teve início com base nos 26 inquéritos da Polícia Federal, 36 relatórios fiscais da Receita Federal e 86 laudos de perícia financeira. “A investigação começou a partir do encaminhamento de relatórios de movimentações financeiras atípicas. Depois que tivemos acesso a esses documentos, conseguimos detectar pessoas vinculadas ao tráfico de drogas.”

Mais de 200 policiais federais foram designados para as buscas. A Justiça também determinou o sequestro de bens dos gerentes e proprietários das empresas envolvidas no esquema. O valor confiscado já chega a mais de R$ 70 milhões.

São investigados os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas oriundas do tráfico internacional de drogas e sonegação fiscal.

O esquema funcionava da seguinte forma:

  • Parte dos lucros que grandes empresas distribuidoras/exportadoras deveriam receber pela venda de produtos para Bolívia eram encaminhados diretamente a cambistas daquele país para fim de custódia dos valores;
  • Traficantes estabelecidos em estados do Nordeste e no Pará remetiam nos últimos 10 anos, milhões de reais para contas correntes em nome de pessoas físicas e jurídicas em Rondônia;
  • Após receberem os valores, essas intermediárias realizavam depósitos sucessivos nas grandes empresas distribuidoras/exportadoras do estado, as quais recepcionavam os recursos e emitiam “autorizações de pagamento”, que credenciava o portador a sacar o valor nele inscrito em algum cambista boliviano;
  • Os portadores dessas autorizações sacavam os valores nos cambistas bolivianos e efetuavam o pagamento de drogas adquiridas naquele país;
  • Os traficantes na Bolívia, já remunerados, forneciam as drogas que abasteciam o tráfico em cidades nordestinas e do interior do Pará.