Busca e apreensão em setores de controle aéreo

No departamento do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a PF e o MPF recolheram 30 caixas com documentos e fitas de áudio da comunicação do tráfego aéreo e mais um computador. Já em Congonhas e no Cindacta I de Brasília, segundo informações do MPF, os militares estariam dificultando o acesso aos documentos. O procurador Matheus Baraldi Magnani teve de ir ao Aeroporto de Congonhas para prosseguir com a operação.

A operação tem como objetivo investigar a segurança aérea no Brasil e coletar informações sobre possíveis falhas e riscos de acidentes, aos quais estão expostos os passageiros e tripulantes de aeronaves.
O MPF ouviu vários especialistas e apurou que, embora o sistema de controle de tráfego aéreo tenha sido bem implantado no Brasil, ele passa hoje por um sucateamento decorrente da falta de investimentos durante longo período.

O Comando da Aeronáutica, responsável pelo Cindacta, vai acatar a ordem judicial e entregar todos os documentos pedidos pelo Ministério Público. De acordo com a assessoria do Comando da Aeronáutica, o órgão está preparando cópia de registros de acidentes e incidentes aeroviários relativos aos últimos cinco anos, no Cindacta I, em Brasília, Guarulhos e Congonhas, conforme solicitado pelo MP e autorizados pela juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Federal de Guarulhos.

Após a apreensão nos três setores, o MPF requisitará peritos e começará a análise do material apreendido. No entanto, o Comando afirmou que não há como prever em quanto tempo conseguirá concluir o trabalho para entregar às investigações.

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