ADPF participa de comissão na Câmara sobre aposentaria policial

23 de maio de 2019 16:21

Categorias com critérios diferenciados de aposentadoria defenderam seu direito em uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (3), que trata sobre as mudanças propostas na PEC 06/2019, a reforma da Previdência. Representando a ADPF, o vice-presidente da associação, Luciano Leiro, foi o responsável por defender os direitos da classe.

Aos parlamentares, Leiro destacou que a valorização dos policiais está ligada à paz social. “A polícia é a última barreira para o caos. Quando todos os outros setores da sociedade falham, é ela que é demandada. E, se nós não valorizarmos a polícia, se não dermos condições para essas categorias, vamos ter um problema muito grande”, explica.

Na avaliação do delegado, a efetividade do trabalho da categoria pode ser comprometida com as mudanças propostas. “Uma polícia envelhecida é uma sociedade desprotegida. O crime não envelhece. A polícia, sim”, salientou. “Quem quer um policial trabalhando nas fronteiras com 60 anos de idade?”, indagou Leiro.

O vice-presidente da ADPF também aproveitou a oportunidade para falar do déficit no efetivo da PF, que sofre, atualmente, com a falta de mais de 4 mil policiais. “Concurso público? Nem tão cedo vamos ter, mesmo com o déficit de 4,5 mil vagas que temos hoje na Polícia Federal. Um terço do efetivo da PF, hoje, está vago. Se tivesse investimento, poderíamos estar fazendo muito mais, trazendo dinheiro, evitando esse rombo que dizem que só o servidor público é culpado.”

Leiro concluiu lembrando que a Polícia Federal é investimento e apresenta grande retorno. “Não podemos deixar essa esperança, essa motivação que um policial tem quando entra na polícia acabar. Esse é um pedido que fazemos aos Deputados em nome da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e da União dos Policiais do Brasil”, conclui Leiro.

Também estiveram presentes a secretária de Fazenda do Estado de Goiás, Cristiane Alkmin Junqueira; o assessor político e jurídico na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Eduardo Buermann Ferreira; o coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, Gilson Luiz Reis; e o secretário especial adjunto de Previdência do Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira.